Meu irmão
Vida de
negro é difícil
Não o deixam
participar
Não o deixam
pensar
Não o querem
falando.
Vida de
negro
Meu irmão, é
difícil
Como quê!
Ele se
esconde
Se veste de
branco
Para escapar
Para viver.
Sem ser lobo
Vestindo uma
pele
Ele sofre
No silêncio
da maioria
E, saber
minoria.
“Invisível”.
Negro nem
dormindo
descansa.
Ele pensa no
amanhã
Até quando,
a farsa
Quando
despirá a máscara!
Ele age e
milita
É duas vezes
agredido
Solta sua
revolta
E grita!
Chega de
mágoa, é preciso lutar
E luta!
Pelo que não
fez
Pelo que vai
fazer
É sempre em
dose dupla
A sua
afirmação
Meu irmão
Como é duro
e difícil
A vida de
negro
Mas aqui
para nós
Sem
masoquismo
Ser
negro...é bom demais.
Fonte: D'Acelino, Severo―Panáfrica África Iya N'la / Severo D 117 p D'Acelino―Aracaju: MemoriAfro, 2002, 169p.
Priscila Tintiliano
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